E deixe que tudo flua
Pra fora deste quarto de apartamento
Que a gaveta se abra ao som do vento
Pôr um fim à claustrofobia do cotidiano
Cair na folia,
Viver o profano.
Pois quem poderá queixar-se do que é bom?
Apenas quando o limite se instala
E assim estraga
A liberdade sem tom.
Não existe prazer que cause tanto mal alheio
A não ser a pura inveja de que não tem coragem
De embarcar nesta viagem
Saudar os velhos costumes
e sair pela porta sem avisar
Deixar algum bilhetinho azul
Num canto do armário
caso decida alguém também viajar.
Esquecer-se do tema
Parir um poema
Fazer o resto da cena.
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